sábado, 15 de maio de 2010

VERDADES TRANSITÓRIAS



      Temos que ter a consciência de que acreditamos em verdades transitórias.
      Elas entram em nossas vidas como quem pegou um trem e estão apenas de passagem, viajando de uma geração a outra, até que um dia, serão totalmente ultrapassadas e esquecidas, como esses velhos trens e vagões esquecidos em museus e pátios ferroviários.
      Assim como estas velhas locomotivas deterioradas e jogadas no baú do esquecimento, todas as verdades do mundo, hoje, já sabemos que serão "obsoletas" amanhã.

      Então, para quê servem as pessoas quererem ter razão todo o tempo? Muitas vezes, levando nações às guerras, se não, dentro de nossas casas, levando aos tapas e crises as nossas relações?
      Vamos dar um destino mais inteligente e sensato para a nossa existência, e não esse destino irresponsável de se render às armas e às brigas para fazer valer as nossas ideias e crenças.
      Se eu disser que toda uma geração é apenas um surpreendente "nada" no tempo, para quê dar tanto poder às verdades?
      Porque armá-las com facas, revólveres, bombas, porta-aviões, discursos, sermões e temores?
      Para promover o rancor e a raiva entre os povos? Para uma cultura dominante aniquilar a outra?
      Uma religião se impor sobre a outra?
      Que triste (e enfadonho) seria o mundo se houvesse uma só língua, uma só religião, um único padrão de ser e de pensar.

      Viva a diferença.
      Aprecie e ame o ser humano como ele é. Mesmo que ele não tenha razão, que ele não seja bonito, mesmo que ele tenha uma fortuna de péssimos modos, mesmo que este ser humano tenha violentas maneiras de se fazer respeitar.

      Ame e se deixe amar.
      O amor é irreversível.

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