Eu não vejo diferença, por exemplo, de um homem-bomba cheio de raiva querendo explodir o mundo e o cidadão comum que caminha na rua irritado, cansado e insatisfeito com a realidade à sua volta, louco para chegar em casa para despejar sua frustração na esposa e nos filhos.
O que eu quero dizer é que não somos homens-bomba, literalmente, carregados de explosivos, correndo desesperadamente na direção dos nossos inimigos. Somos, sim, homens carregados de raiva, de medo, de revolta e falta de compreensão.
Essa combinação, esse coquetel, é a pior de todas as bombas. Porque essa não é uma bomba que explode uma vez só, mas sim, a cada dia.
A todo instante, ela vai destruindo e acabando com a vida das pessoas que a gente mais deveria amar.
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